quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O perigo da Poluição radioativa

O perigo da Poluição radioativa

Para que se fale em poluição radioativa, devemos primeiramente definir radiação. Radiação é o efeito químico proveniente de ondas e energia calorífera, luminosa etc. Existem três tipos de radiação: raios alfa e raios beta, que têm a absorção mais fácil, e raios gama, que são muito mais penetrantes que os primeiros, já que se tratam de ondas eletromagnéticas. O contato contínuo à radiação causa danos aos tecidos vivos, tendo como principais efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da expectativa de vida, mutações genéticas, lesões a vários órgãos etc. Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais. A poluição radioativa tem como fontes : - substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo, e que acompanham alguns materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineratórias; - substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”. A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da Terra é muito grande, decorrente do decaimento radioativo do urânio, do tório e outros radionuclídeos naturais. Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de: indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares.
Por último podemos observar que em qualquer dos tipos acima expostos, a poluição pode ocorrer principalmente por meio de: - Agentes bacteriológicos: tendo como causas esgotos e adubos, e consistindo na contaminação por bactérias, vírus e outros micróbios portadores de doenças; - Agentes químicos: tendo como causas óleos, inseticidas, detergentes sintéticos, adubos químicos e esgotos, e consistindo na contaminação por meio de elementos químicos que podem destruir a fauna e a flora; - Agentes físicos: tendo como causas erosão, húmus, vegetação e a própria atividade humana, resultando alteração da cor, gosto, cheiro e temperatura da água; - Partículas radioativas: caracterizada pela presença de materiais radioativos das centrais ou explosões nucleares.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Biodiesel

Biodiesel (ésteres mono alquila) é um combustível diesel de queima limpa derivado de fontes naturais e renováveis como os vegetais. É obtido principalmente de girassol, amendoim, mamona, sementes de algodão e de colza. É uma alternativa renovável, que resolve dois problemas ambientais ao mesmo tempo: aproveita um resíduo, aliviando os aterros sanitários, e reduz a poluição atmosférica. É uma alternativa para os combustíveis tradicionais, como o gasóleo, que não são renováveis.
O biodiesel reduz 78% das emissões poluentes como o dióxido de carbono que é o gás responsável pelo efeito de estufa que está alterando o clima à escala mundial, e 98% de enxofre na atmosfera.


Trata-se de uma fonte renovável que, além de trazer benefícios ambientais, também possibilita a geração de empregos, tanto na fase de coleta como de processamento. Promove o desenvolvimento da agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando emprego e evitando a desertificação, isto porque reduz a dependência energética do nosso país e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto
Os óleos vegetais podem reagir quimicamente com um álcool, para produzir ésteres. Esses ésteres quando usados como combustíveis levam o nome de biodiesel. Atualmente, o biodiesel é produzido por um processo chamado transesterificação. O óleo vegetal é filtrado, e então processado com materiais alcalinos para remover gorduras ácidas. É então misturado com álcool e um catalizador. As reações formam então ésteres e glicerol, que é separado.O biodiesel pode utilizar-se em motores diesel, em mistura com o gasóleo (geralmente, na proporção de 5 a 30%) ou puro. Também pode ser utilizado como geração de energia elétrica. Exige, por vezes, pequenas transformações do motor de acordo com a percentagem de mistura e o fabricante/modelo do motor.
Apesar de ser um combustível renovável, a sua capacidade de produção é limitada pois depende das áreas agrícolas disponíveis (que terão, também, de ser usadas para fins alimentares) e portanto só poderá substituir, parcialmente, o gasóleo. O preço do biodiesel é ainda elevado, mas as novas tecnologias permitirão reduzir os custos da sua produção.
O biodiesel ainda esbarra em vários obstáculos, como a falta de regulamentação e os preços atuais do diesel derivado do petróleo. Estima-se que no começo do próximo século, teremos condições de gerar biodiesel correspondente a 8% de todo o diesel consumido.
Os motores a óleo vegetal possibilitam uma redução de 11% a 53% na emissão de monóxido de carbono, e os gases da combustão do óleo vegetal não emitem dióxido de enxofre, um dos causadores da chamada chuva ácida. O Brasil também tem a preocupação em reduzir poluentes. Desde 1997 fazemos óleo diesel com menos partículas de enxofre.
Atualmente já existem veículos que utilizam o biodiesel - quatro viaturas ligeiras e duas pesadas da Câmara Municipal de Lisboa, Portugal (mistura de 30%) e 18 autocarros da Carris (17 com mistura de 5% e 1 com 30%), ao longo de 6 meses e durante a Expo'98.
vantagem do biodiesel:
o biodiesel é mais seguro do que o diesel de petróleo;
o ponto de combustão do biodiesel na sua forma pura é de mais de 300 F contra 125 F do diesel comum;
equipamentos a biodiesel são, portanto, mais seguros;
a exaustão do biodiesel é menos ofensiva;
o uso do biodiesel resulta numa notável redução dos odores, o que é um benefício real em espaços confinados;
tem odor semelhante ao cheiro de batatas fritas;
não foram noticiados casos de irritação nos olhos;
como o biodiesel é oxigenado, ele apresenta uma combustão mais completa;
biodiesel não requer armazenamento especial;
o biodiesel na sua forma natural pode ser armazenado em qualquer lugar onde o petroléo é armazenado, e pelo fato de ter maior ponto de fusão é ainda mais seguro o transporte deste;
biodiesel funciona em motores convencionais;
o biodiesel requer mínimas modificações para operar em motores já existentes;
é renovável, contribuindo para a redução do dióxido de carbono;
o biodiesel pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel de petróleo;
aumenta a vida útil dos motores por ser mais lubrificante;
o biodiesel é biodegradável e não tóxico.

A teoria do caos

Você certamente já planejou algo do tipo: “amanhã à tarde irei à casa de meu colega para juntos irmos à praia”. Então você acorda com um belo dia ensolarado mas aos poucos o céu fica completamente nublado, mesmo com a previsão meteorológica: “Fim de semana com sol durante o fim de semana em todo o Estado”.Se eu lhe disser que o que aconteceu de inesperado em seu dia é culpa do “caos”, você deverá concordar comigo e até mesmo dizer que o clima mundial é realmente um caos. Pois bem, vamos nos deter um pouco nesta palavra: caos. Ela era usada pelos gregos significando vasto abismo ou fenda. A palavra também alude ao estado de matéria sem forma e espaço infinito que existia antes do universo ordenado, suposto por visões cosmológico-religiosas. E, finalmente, o sentido mais usual de caos: desordem, confusão.Você poderá ficar triste e dizer: devido a esta desordem do caos, nunca saberei quando o clima estará propício a ir à praia. Mas e se eu lhe disser que por trás desta desordem climática há uma ordem escondida?Assim, a teoria do caos não é uma teoria de desordem, mas busca no aparente acaso uma ordem intrínseca determinada por leis precisas. Além do clima, outros processos aparentemente casuais apresentam certa ordem, como por exemplo o quebrar das ondas do mar, crescimento populacional, arritmias cardíacas, flutuação do mercado financeiro, etc...Talvez isto seja animador, mas você ainda deve saber que em situações onde aparentemente há ordem, como por exemplo o movimento de um pêndulo de relógio cuco, um pouco de caos ainda subsiste. Esta é a teoria do caos: há ordem na desordem e desordem na ordem.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Porque precisamos da ciência?

Porque precisamos da ciência?

Quando ouvimos a palavra ciências, muitas coisas podem vir á nossa mente.
A partir das informações que recebemos dos meios
De comunicação, como a internet, televisão, jornais, revistas, cinema e muito outros,
formamos uma concepção das atividades cientificas. Portanto antes mesmo
de começarmos a estuda as ciências, já temos uma idéia a respeito do que elas são e do
que representam nas sociedades modernas.

Os avanços da ciência e da tecnologia estão na base da maioria das questões
com as quais nos defrontamos hoje. Basta sintonizarmos um telejornal
ou lermos um noticiário para depararmos com temas como crise energética, degradação
ambiental, engenharia genética, AIDS, máquinas substituindo o trabalho do homem, etc.

Uma pessoa que queira participar de uma sociedade como a nossa,
refletindo sobre seus caminhos e influenciando de forma consciente
nas decisões tomadas, não pode ficar alheia a questões relativas
à ciência e a tecnologia. Pensar sobre essas questões não deve ser uma tarefa restrita somente
a especialistas. A importância desses temas nas nossas vidas é tal que as decisões a serem tomadas
devem ser de responsabilidade de toda a sociedade. Portanto todos nós devemos saber descuti-las

quarta-feira, 29 de agosto de 2007



Qual o futuro da Bomba Atomica?

'Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos.' Com essa citação literária, o físico americano Robert Oppenheimer saudou o cogumelo de fogo que brilhou às 5h30 da manhã no deserto no Novo México, no dia 16 de julho de 1945. A explosão assinalava o sucesso da missão que consumira todos os momentos da vida do físico durante três anos: a produção da primeira bomba atômica.
Mas a frase sinistra, pinçada do livro religioso hindu 'Bhagavad Gîta', denunciava a mistura de sentimentos entre os participantes do projeto Manhattan, o programa de armas atômicas que o governo norte-americano desenvolveu durante a Segunda Guerra. O objetivo do projeto, que custou US$ 20 bilhões e mobilizou 140 mil pessoas, era criar um artefato tão destrutivo que fosse capaz de encerrar o conflito. Em 6 e 9 agosto de 1945, os dois protótipos construídos foram jogados sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. O número de vítimas chegou perto dos 140 mil, o governo japonês foi forçado a solicitar um armistício e a Segunda Guerra Mundial realmente chegou ao fim.
As duas explosões assinalaram também um começo, o da era dos arsenais atômicos. Em 1949, para contrapor-se ao poderio americano, a URSS realizou seu primeiro teste nuclear, e deu início à Guerra Fria. A partir de 1991, com o fim da URSS, Rússia e EUA deram início a um processo de aproximação diplomática, e a confrontação ficou para trás. Mas as armas atômicas ficaram. Hoje somam perto de 30 mil, sendo que 97% pertencem a russos e americanos.
Seis décadas após o bombardeio de Hiroshima, perguntar pelo futuro dos arsenais nucleares traz respostas bem incômodas. 'A maior parte das pessoas não se dá conta, mas hoje o mundo vive um momento crucial no que tange às armas atômicas', diz Graham Alisson, diretor de um centro de pesquisas de relações internacionais em Harvard. No cerne do problema estão as dificuldades por que passa o tratado internacional de não-proliferação de armas nucleares. 'O cenário que parece mais provável é um mundo onde o número de países detentores de armas atômicas cresce rapidamente.' Robert Einhorn, autor do livro 'The Nuclear Tipping Point' (algo como 'o ponto de mudança nuclear') faz uma previsão parecida: 'Vejo duas alternativas quanto à posse de armas atômicas em nosso planeta para daqui a 60 anos. Ou o número de estados atômicos será bem menor, e terão menos armas, ou será bem maior, e terão muito mais armas'.

Paradoxalmente, na origem da tecnologia atômica está um dos períodos mais cooperativos e internacionalistas da história da ciência: a pesquisa sobre a estrutura da matéria no começo do século 20. A descoberta do nêutron, em 1932, multiplicou os estudos e de certa forma acelerou o ritmo dos acontecimentos. Mas já em 1914 o escritor inglês H.G. Wells antevia em seu 'O Mundo Libertado' uma Europa dotada tanto de fábricas movidas a energia atômica quanto de bombas poderosas que utilizariam o mesmo princípio, e que seriam usadas numa guerra devastadora por volta de 1956. Para os físicos era claro que a energia atômica desempenharia um papel importante no destino da humanidade a médio prazo. A década de 1950, estipulada por Wells, parecia um prazo razoável para que se dominassem todos os segredos da área. Mas o encontro da física de ponta com o moderno aparato militar, propiciado pela Segunda Guerra Mundial, mudaria a história para sempre.


Nas primeiras décadas do século 20, os estudiosos da estrutura da matéria formavam uma comunidade internacional bastante unida: compartilhavam os resultados de suas descobertas e visitavam os laboratórios localizados na Alemanha, Inglaterra, França, EUA, Itália e Dinamarca para aprender uns com os outros e fazer experimentos.
Tamanho cosmopolitismo destoava muito do sectarismo e do senso de rivalidade que permeava a Europa após a Primeira Guerra Mundial, e tal diferença era motivo de orgulho para a comunidade científica. Ao mesmo tempo, a colaboração internacional impedia que o conhecimento se tornasse propriedade exclusiva de um só país, o que também era visto como algo positivo.

sábado, 25 de agosto de 2007

O menor benfeitor da humanidade
Por volta de 1895, o Laboratório Cavendish, em Cambridge, Inglaterra, era um dos centros de pesquisa mais avançados do mundo. Especialmente porque era dirigido por Joseph John Thomson. Cientista sério e ousado, ele enfrentou e venceu o desafio de provar o que parecia heresia numa época em que a própria existência dos átomos ainda era questionada. Thomson demonstrou que existiam partículas de matéria que eram, pelas suas contas, mil vezes menores do que o menor dos átomos, o hidrogênio. As partículas anunciadas por ele em 21 de abril de 1897, hoje conhecidas pelo nome de elétrons, moldaram daí para a frente o destino da civilização. Já naquele tempo, eles prestavam serviço acendendo lâmpadas e ligando telégrafos. Essas coisas todas já funcionavam, mas ninguém sabia que o mérito pertenciam aos elétrons. Depois que ficou provado que a eletricidade era de fato uma correria de elétrons dentro dos fios, novas maravilhas foram aparecendo uma atrás da outra. Do rádio à televisão, dos eletrodomésticos ao computador.
Tantas utilidades nem passavam pela cabeça de Thomson. Quando iniciou sua pesquisa, ele só pretendia explicar um mistério científico da época, conhecido pelo nome de raios catódicos. Esse enigma aparecia como uma estranha luz verde que emanava de um tubo de vidro onde havia sido feito vácuo (veja o infográfico abaixo). Bastava ligar a engenhoca a uma bateria para produzir o brilho. O que o cientista fez foi imaginar que a bateria empurrava minúsculas partículas para o interior do aparelho. Como elas se chocavam contra a parede de vidro, a força da colisão gerava luz. Conhecendo a carga da bateria, Thomson calculou a trajetória que ela imprimiria aos projéteis se sua hipótese estivesse certa. Depois, confirmou suas contas pela experiência. Começava ali o século do elétron, o mais minúsculo benfeitor da humanidade.


A fonte do mistério
A curiosidade do cientista foi atiçada pelo brilho verde que saía deste aparelho, a bomba de vácuo.




1. Thomson imaginou que partículas invisíveis saíam do pólo negativo da bateria e batiam no vidro, do outro lado.

2. Para testar a hipótese, calculou o impulso que as partículas receberiam da fonte de energia.

3. Viu que a luz nascia no ponto exato do vidro que os projéteis deveriam atingir, pelas contas. Era a prova.
O Primórdio dos modelos atômicos
No início do século XX, os estudos sobre os modelos atômicos revolucionaram a forma de compreender o universo. Surpresos, os cientistas desvendavam um novo mundo - ao mesmo tempo vago e microscópico - responsável pela constituição de toda a realidade visível que julgamos conhecer tão bem. Que regras comandariam este universo oculto? Como descobri-las? Na busca de hipóteses que explicassem o mundo das pequenas partículas constituintes da matéria, a ciência deu passos gigantescos. Ela demonstrou que, mesmo sem observação direta, podemos propor novos modelos e teorias para o universo. Basta saber usar ferramentas teóricas como a matemática e muita criatividade.
Os primeiros modelos elaborados sobre a constituição da matéria surgiu ainda na Antiguidade. Os filósofos foram os pioneiros na elaboração de teorias para explicar a natureza do mundo e nossas relações com ele. De onde viemos, como tudo funciona?
Assim, na busca de compreender a natureza, o filósofo grego Tales de Mileto procurava, entre outras coisas uma resposta à pergunta que havia sido feita há muito tempo: de que é constituída a matéria? Para ele, a água era a causa material de todas a s coisas. Assim o entendimento da natureza estava relacionado a um único princípio: a água que seria o elemento primordial, a matéria básica para a formação dos demais materiais.
Aristóteles, filósofo grego, desenvolveu uma teoria que ficou sendo aceita pela maioria dos estudiosos da época (século IV a.C.), que dizia: o universo seria formado pela combinação do que chamou de elementos fundamentais: água ar fogo e terra. Tais elementos podiam se transformar uns nos outros pelas mudanças de suas propriedades e ao se combinarem davam origem a todos os materiais.
Quatrocentos anos antes da era cristã, o filósofo grego Demócrito (470-360 a.C.) e seu discípulo Leucipo propuseram uma teoria que se referia á natureza da matéria. Para eles a matéria não poderia ser dividida infinitamente, ou seja, qualquer material poderia ser repartido em partes menores até atingir um limite. Ao atingir esses limite, as pequenas partículas se tornariam indivisíveis e receberiam a denominação átomo a= prefixo de negação, tomo= divisão). Essa teoria ficou conhecida como atomismo.
Durante muito tempo, a teoria aristotélica predominou em ralação ao atomismo de Demócrito e Leucipo. É importante salientar que muitos outros estudiosos chegaram a propor a existência de uma partícula indivisível que comporia a matéria, porém, durante séculos a filosofia de Aristóteles se impôs no mundo ocidental